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🩸 ILIB: Evidências Científicas Recentes e Aplicações na Medicina Veterinária

A Irradiação Laser Intravascular do Sangue (ILIB) é uma técnica consolidada na medicina humana por seus efeitos modulatórios, antioxidantes e hemodinâmicos, e vem ganhando destaque na Medicina Veterinária Integrativa.


 Seu princípio baseia-se na interação da luz laser com os componentes sanguíneos, promovendo ajustes fisiológicos que influenciam a oxigenação, o metabolismo energético e a resposta imunológica.



O Guia ILIB 4.0 – 2024 reúne evidências científicas robustas que demonstram a eficácia do ILIB em diversas patologias humanas, como doenças

cardiovasculares, metabólicas e inflamatórias. No entanto, a aplicação segura e baseada em evidências em animais ainda exige análise crítica e contextualização da prática clínica veterinária.


1. Evidências científicas recentes


🫀 Sistema cardiovascular


Estudos apontam que o ILIB modula a função endotelial, melhora o fluxo microcirculatório, reduz a pressão arterial e normaliza lipídios plasmáticos. Observa-se redução de LDL, aumento de HDL e maior disponibilidade de óxido nítrico (NO), o que favorece equilíbrio vasomotor e oxigenação tecidual.


Oximetria comparativa pré e pós-ILIB. Nota-se melhora imediata nos índices de saturação de oxi-hemoglobina, reflexo da otimização do fluxo sanguíneo sistêmico. Fonte: M.V. Rafael Traldi, 2021.

🫁 Sistema respiratório


Em condições como asma e bronquite, o ILIB apresentou efeito modulatório sistêmico, equilibrando citocinas inflamatórias e aumentando IL-10 (imunorreguladora). Estudos também relataram melhora da oxigenação e normalização de parâmetros respiratórios. Casos de pneumonia e infecções virais, incluindo COVID-19, demonstraram melhor perfusão e recuperação funcional.


💉 Metabolismo e distúrbios endócrinos


Em diabetes mellitus, o ILIB reduziu a peroxidação lipídica, melhorou a microcirculação e exerceu efeito hipoglicemiante e hipolipemiante. A modulação do metabolismo energético ocorre via otimização mitocondrial e aumento da biodisponibilidade de NO.


🫀 Fígado e pâncreas


Em hepatopatias e pancreatites, o ILIB promoveu modulação metabólica e redox, com redução de AST, ALT, GGT e LDH, além de melhora do metabolismo hepático (ATP). Também se observou ajuste nos níveis de prostaglandinas e proteínas de fase aguda, indicando resposta adaptativa e não apenas supressão inflamatória.


💪 Músculo-esquelético e neurológico


Nas artrites e miosites, a fotobiomodulação sistêmica proporcionou modulação imunológica e recuperação funcional, com melhora da mobilidade e redução de dor. Em distúrbios neurológicos, como AVC e Parkinson, verificou-se otimização da perfusão cerebral e função motora.


2. Crítica à literatura veterinária


Apesar do acúmulo de evidências na medicina humana, a literatura veterinária sobre ILIB permanece limitada. São escassos os relatos de caso sistematizados, estudos controlados e padronização de parâmetros em animais de companhia.


Grande parte das aplicações clínicas atuais baseia-se em observações empíricas e experiência profissional, o que, embora clinicamente valioso, carece de validação científica formal.


 Essa realidade reforça a necessidade de ensaios clínicos controlados e publicações especializadas que fortaleçam a base de evidências em Medicina Veterinária.


3. Prática na clínica


Com sua especialização e mestrado na área de Biofotônica, a Profª. Flaviana Amado Martins aplica esta tecnologia para uma variedade de condições clínicas em pequenos animais, buscando acelerar a recuperação, manejar a dor crônica e complementar tratamentos convencionais.

 

Para a aplicação sistêmica, a profissional segue um protocolo de dosimetria que se baseia na correlação entre o peso corporal do animal e o tempo de irradiação do laser. A fórmula adotada em sua prática é:

 

Tempo de aplicação (minutos)= Peso corporal (Kg) ÷ 2

 

Este cálculo serve como um guia para a determinação da dose de energia a ser entregue ao paciente. É importante ressaltar que a dosimetria em fotobiomodulação pode variar consideravelmente a depender do equipamento, do paciente e da condição clínica tratada, sendo a personalização do tratamento um fator chave para o sucesso terapêutico.

 

4. Vias de aplicação


🔵 Via venosa (invasiva)


  • Aplicação direta na veia cefálica ou safena

  • Requer punção e experiência técnica.


🟢 Técnica transmucosa ou transdérmica (não invasiva)


  • Método preferencial em pequenos animais.

  • O emissor é posicionado sobre vasos superficiais, sem necessidade de punção.

  • Locais ideais:

Artéria femoral, carótida / veia safena, cefálica

  • É o padrão-ouro na rotina veterinária, unindo segurança e efetividade clínica.


🔴 Via arterial


  • Aplicação invasiva diretamente na artéria

  • Procedimento que exige punção e experiência técnica.

Autoria:

M.V. Liangrid Nunes. B. Rodrigues

CRMV-SP 61.681

Graduada Medicina Veterinária no Centro Universitário de Jaguariúna (Unifaj); Voluntária no Núcleo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares (NEPI) da Unifaj em 2020. Bolsista na Clínica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário Unieduk, de Jaguariúna 2020-2022. Aprimoramento em Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais pelo Hospital Escola Veterinário de Americana (FAM) (2023 -2024). Ozonioterapeuta veterinária pelo instituto Bioethcus (2025). Assistente de pesquisa e desenvolvimento na Eccovet com foco em Biofotônica e Fotobiomodulação.

 
 
 

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